O metamodelo de linguagem

O metamodelo em PNL ou programação neurolinguística (ou metamodelo de terapia) é um conjunto de perguntas destinadas a especificar informações, desafiar e expandir os limites do modelo de mundo de uma pessoa.

Os indivíduos respondem aos eventos com base em suas imagens, sons e sentimentos internos. Eles também reúnem essas experiências em grupos ou categorias que são rotulados com palavras.

O metamodelo é um método para ajudar alguém a ir dos mapas de palavras pobres em informações de volta às experiências sensoriais específicas nas quais eles se baseiam. É aqui nas experiências específicas ricas em informações que mudanças úteis podem ser feitas que resultarão em mudanças no comportamento. 

O metamodelo responde às distorções, generalizações e exclusões no idioma do falante. O metamodelo forma a base da programação neurolinguística desenvolvida pelo então professor assistente de linguística John Grinder e Richard Bandler. Grinder e Bandler “explicaram como as pessoas criam mapas mentais da realidade defeituosos, deixando de testar seus modelos linguísticos / cognitivos contra a experiência de seus sentidos”.

O metamodelo baseia-se na gramática transformacional e na semântica geral, a ideia de que a linguagem é uma tradução de estados mentais em palavras, e que nesta tradução, há um processo inconsciente de apagamento (nem tudo que o pensamento é dito), distorção (suposições e estruturais imprecisões) e generalização (uma mudança para afirmações absolutas). Da mesma forma, na audição, nem tudo o que é dito é reconhecido como ouvido.

Esses padrões de linguagem foram baseados no trabalho da terapeuta familiar Virginia Satir, do gestalt terapeuta Fritz Perls e nos padrões linguísticos da sintaxe transformacional.

Alega-se que o metamodelo “produz uma representação mais completa do modelo de mundo do cliente – a estrutura linguística profunda da qual as expressões verbais iniciais do cliente ou Estrutura de superfície foram derivadas”, oferecendo desafios aos seus limites, as distorções, generalizações ou exclusões na língua do falante. 

O conjunto reverso do metamodelo é o modelo de Milton, uma coleção de padrões de linguagem artisticamente vagos extraídos da obra de Milton Erickson.

metamodelo

Abaixo, um resumo dos padrões do metamodelo:

PADRÃO DO META MODELO

PERGUNTA

OMISSÃO SIMPLES

Elemento Central é excluído da estrutura superficial (ES)

“Sinto-me inseguro”

Inseguro com relação a que?

OMISSÃO COMPARATIVA

Na ES não está clara a referência

“É pior não fazer”

“Pior de acordo com que /quem”?

FALTA DE ÍNDICE REFERENCIAL

Não se sabe quem ou o que

“Sabe como são os homens…”

Que homens, especificamente? 

VERBO INESPECÍFICO

Não são específicos detalhes sobre a ação 

“Preciso mudar”

Como/ O que especificamente deseja mudar?

NOMINALIZAÇÃO

Quando uma ação ou processo são tratados como uma “coisa”

“Tenho vergonha”

Vergonha de que, especificamente?

QUANTIFICADORES UNIVERSAIS

Padrões de generalização

“Ela sempre me decepciona”

Decepciona como, especificamente? Já houve vez em que ela não tenha te decepcionado?

OPERADORES MODAIS DE NECESSIDADE

Senso de ter de ser ou fazer (Devo, preciso, tenho que…)

Eu tenho que atender ao telefonema

O que aconteceria se não atendesse?

OPERADORES MODAIS DE POSSIBILIDADES

Senso sobre a possibilidade de fazer escolhas (Não posso, posso)

“Não posso mais continuar”

Como seria se pudesse?

O que o impede?

PRESSUPOSIÇÕES

Algo aceito como verdade

“Se ao menos ela me desse valor nossa relação mudaria e eu deixaria de me sentir mal”

Como sabe que ela não te dá valor?

Como a relação mudaria?

Como se sente mal?

EXECUÇÃO PERDIDA

Um julgamento sem que se mencione quem o fez

“É certo casar virgem”

É certo para quem? Certo de acordo com quais critérios?

LEITURA MENTAL

Agir como se soubesse o que se passa na mente da outra pessoa

“Ela me odeia”

Como sabe que ela te odeia?

CAUSA – EFEITO

Uma sugestão de conexão entre um determinado estímulo e uma resposta

“A maneira com que ela me olha me desconcerta”

Como especificamente o olhar dela desconcerta você?

EQUIVALÊNCIA COMPLEXA

Quando atribui-se o mesmo significado para dois eventos distintos

“Ela quase não telefona, ela não gosta de mim”

Como o fato de ela não telefonar com frequência significa que ela não gosta de você?

Conclusão

Metamodelo de linguagem é uma das ferramentas mais fascinantes para se conhecer. 

É simples, flexível e ao mesmo tempo profundo. Sua qualidade não está associada tão somente para a manutenção das relações interpessoais, mas a intrapessoal também. Pensar e comunicar agora, são habilidades, que ganham a possibilidade de serem diferentes.

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