Programação neurolinguística e modelagem

Richard Bandler desde o início da PNL buscava entender qual a estrutura por trás das experiências que estudava. Para um dos praticantes da PNL mais antigos, David Gordon, a pressuposição mais fundamental da PNL é: A Experiência tem uma Estrutura. A PNL surgiu do estudo de pessoas que faziam coisas interessantes para lidar com seus “problemas”. Modelagem tem a ver com reconhecimento de estruturas.

Para Gordon, MODELAGEM é um processo de criar mapas úteis acerca das habilidades humanas. Não se trata de identificar a “verdade” nem de ir “ao fundo”. Trata-se da descrição de uma habilidade, e permite que outros possam manifestá-la.

“Identificar habilidades” significa identificar estruturas, seja de algo desejado ou algo que possa ser corrigido e redesenhado.

Para a PNL, os comportamentos são manifestações externas de nossos estados internos. Comportamentos ocorrem num processo neurológico, por isso precisamos de um modelo ou exemplar que reproduza a neurologia em segmentos de informação para que possamos inferir como sequenciam e representam em face de códigos linguísticos e paralinguísticos, identificando como programam tal sequência para obterem os resultados específicos de conduta.

MODELO refere-se na PNL tanto ao sujeito de quem se extrai os resultados quanto à descrição de suas estratégias e programas que o levam a ter excelente desempenho no que se quer modelar. Não se justifica nem há preocupação em provar cientificamente se o modelo funciona, busca-se saber se o mesmo é operacional e útil para quem está modelando. Seja para a aquisição de estratégias ou possibilidade para compreender como ainda se estruturam os problemas.

MODELAGEM é um processo para criar mapas úteis das habilidades humanas. ”Processo” significa uma forma de interagir com as pessoas, não é uma técnica que você faz com alguém.

Vamos aprender a nos engajarmos no processo de criar tais mapas, organizando a estrutura da experiência para que se manifeste de forma útil.

O Modelador DAVID GORDON aponta três razões para fazer modelagem:

  • Razão Prática: Corrigir problemas e habilidades.
  • Razão Evolucionária: Perceber estruturas e sistemas.
  • Razão Espiritual: Abre para a beleza da estrutura e quão preciosa é cada pessoa no mundo.

Modelos estão por todos os lados. Enquanto modelamos, devemos prestar atenção à descrição das pessoas e ater-se a forma como a pessoa descreve o modelo, evitando colocar palavras e conceitos seus.

O que você quer modelar especificamente? Se for muito grande e complexo, será bem difícil de ser compreendido e utilizado. Em que nível nós devemos segmentar o modelo para que seja útil (ou seja, decidir o que focar para compor o modelo)?

PRIMEIRA PERGUNTA: “O que eu quero ser capaz de fazer”? “Fazer” refere-se aos comportamentos externos e internos. “No caso da modelagem de “problemas” (onde buscamos compreender como mantemos um problema), talvez a pergunta seja: “O que quero ser capaz de fazer diferente””?

Deve-se ouvir a descrição e dar feedback para que a pessoa tenha a oportunidade de responder, assim vai-se refinando a estratégia. Depois, identificamos as habilidades envolvidas e decidimos o que se vai modelar, levando em conta as habilidades que a pessoa não possui, para aprender algo que não se tem (modelar alguém que canta bem, por exemplo). Muitas vezes precisamos apenas de um segmento e não da estratégia toda da pessoa.

Outra possibilidade é transladar a habilidade de uma área para outra área. Por exemplo, alguém que é excelente em “concentrar-se” para jogar futebol, pode modelar concentração para estudar.

Ache um exemplar ou modelo. Como capturar o que nos interessa no “todo”? Primeiro, treine-se para perceber as redundâncias, as repetições. Ao descrever o que fazem, como fazem e por que fazem, há muita repetição, e não há sentido ou utilidade em repetir as informações.

No caso de utilização do modelo, treine para diferenciar o que é pessoal e o que é a habilidade que nos interessa. Modelar não é duplicar, e sim eliciar a estrutura e operar nela sendo você.  Se eu quero tocar piano popular, posso modelar Elton John, mas não preciso imitar o cantor. Serei eu usando o modelo eliciado.

Com o modelo, cria-se um mapa sobre o que o exemplar faz. Não queremos qualquer mapa, qualquer descrição, queremos um que seja útil, que nos permita reproduzir o que essa pessoa faz. 

Um grupo de distinções é o que devemos buscar. Queremos prestar atenção em que? Na interação, o que queremos encontrar ou reconhecer para nos permitir de alguma forma acessar o que queremos?

Descubra como a modelagem pode ser útil as seus propósitos!

Leia também: O metamodelo de linguagem

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