O Fenômeno Magnetismo
Desde a descoberta do campo magnético em 1831 pelo cientista Michael Faraday. Sabemos que a eletricidade conduz magnetismo, tal força foi descrita como electromagnetismo pelo matemático James Clerk Maxwell entre 1861 e 1862. Suas equações oriundas das descobertas de Faraday contribuirão significativamente para uma revolução tecnológica iniciada no século XIX.
Magnetismo e a Hipnose
Mas o que a Hipnose tem a ver com o magnetismo? Muita coisa! A hipnose que conhecemos nasceu de certa forma dos estudos de fenômenos descritos pelo Médico Alemão Franz Anton Mesmer, como magnetismo animal (pseudociência criada por ele), seculo XVII antes mesmo das descobertas do electromagnetismo.
Um feito que o deixou conhecido por muitos de sua época como sendo charlatão, e por seus seguidores como um homem a frente de seu tempo. Esse conhecimento ainda é transmitido nos dias de hoje, juntamente com Fascinação Hipnótica e Presença. Que leva o nome de Mesmerismo em sua homenagem.
Electromagnetismo Humano na Medicina e Ciência
No campo da medicina o electromagnetismo começa a ser utilizado para tratamentos cada vez mais efetivos em doenças como câncer e depressão. Num dos tratamentos em experimento no Brasil, o câncer é, digamos, empacotado por fios de aço inox. Uma corrente elétrica é acionada por períodos que podem chegar a cinco horas, gerando um campo magnético que perturba as células cancerosas que acabam permitindo que mais medicamento quimioterápico seja absorvido.
Simultaneamente, o paciente recebe a aplicação de medicamentos quimioterápicos. “Essa estratégia diminui a possibilidade de que algumas partes do tumor não sejam afetadas pela corrente”, afirma o cirurgião Orlando Parise Junior, do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo. “Ela também aumenta a concentração do quimioterápico, o que torna mais eficaz a sua ação.”
Mais recentemente, vimos que a aplicação de um campo magnético de 2 Tesla através de um aparelho de estimulação magnética transcraniana foi capaz de perturbar a atividade elétrica dos neurônios e modificar o julgamento moral das cobaias.
Uso similar de campos magnéticos sobre o cérebro já são usados no tratamento de depressão profunda. Isso porque os neurônios (como as demais células do corpo) produzem e são afetados por campos eletromagnéticos.
Cada neurônio tem um potencial negativo de aproximadamente 70 miliVolts (-70 mV). Os impulsos nervosos responsáveis, entre outras coisas, pelos nossos pensamentos, ocorrem através de trocas de íons pela membrana da célula que cria uma diferença de potencial entre o interior da célula e o exterior.
Uma pequena corrente elétrica é gerada e por sua vez altera a permeabilidade dos neurônios em volta, podendo desencadear um efeito cascata através da rede neuronal. Novamente, estamos falando em geração de campos eletromagnéticos ao longo do cérebro passíveis de serem perturbados por uma força externa.
Recentemente o Dr. Joseph Kirschvink, professor no California Institute of Technology, comprovou que possuímos cristais de magnetita em neurônios. Talvez, seja um resquício evolucionário, já que aves, peixes, insetos e bactérias também o possuem.
Embora o doutor duvide que estes cristais magnéticos tenham quaisquer capacidades sensoriais, isso pode sinalizar que fortes perturbações no campo magnético podem afetar a saúde de um indivíduo. Nos animais, como aves e peixes, estes cristais parecem exercer importante papel na geolocalização usando o campo magnético da Terra.
Ainda assim, novamente, isso ocorreria como resultado da ação de leis da física amplamente conhecidas, sem mágicas ou fenômenos sobrenaturais. Tanto quanto um ímã atrai um metal, um campo magnético pode interagir com estes pequenos cristais de magnetita, com resultados ainda desconhecidos.
Para dirimir qualquer tentativa de místicos usurparem seu trabalho, o próprio Dr. Kirschvink diz que mesmo experimentos cuidadosamente controlados em busca de fenômenos, como percepção extra-sensorial ou encontrar água debaixo da Terra, falharam.
Muitos dos fenômenos que ocorrem no nosso campo electromagnético continuam sem respostas empíricas. O que vale lembrar, que quanto mais descobrimos sobre a imensidão do Cosmos, mais sabemos que não sabemos quase nada. Afinal, nossa percepção é a nossa unica porta para uma realidade da qual não conhecemos!