Você Conhece Nosso Segundo Cérebro?

Mente e cérebro

 As memórias se formam quando um grupo de neurônios reage ao serem ativados. O neurônio A (1) recebe um estímulo que provoca que ele acenda eletricamente o neurônio B (2). Se o neurônio A se acende novamente se estabelece uma conexão. Mais tarde o neurônio A pode acender-se só fracamente para acender o neurônio B (3). O acendido dos neurônios A e B pode acender os neurônios vizinhos C e D. Se isso ocorre repetidamente, as quatro células passam a constituir uma rede que se acenderão juntas no futuro – formando uma memória (SALAS, 2007, p. 61).

É comum vermos pessoas influentes na área da saúde mental, separando mente e corpo (doenças físicas e emocionais). Existem vários fatores que apontam que doenças físicas podem ser oriundas de distúrbios emocionais, e que algumas doenças emocionais podem surgir a partir de traumas físicos. Um exemplo, é que doenças como a raiva atacam o sistema límbico podendo trazer efeitos colaterais (doenças emocionais como depressão).

                                          O Cérebro Entérico

Uma pessoa costuma dizer que sente “um nó no estômago” quando está angustiado ou muito estressado e sente a barriga encolher. Outra pessoa afirma que está “se remoendo por dentro” quando enfrenta uma situação de dúvida ou incerteza, ou está simplesmente muito curioso por algo. Provavelmente você mesmo já tenha mencionado alguma vez que sente “borboletas no estômago” para explicar as cócegas causadas pela presença de uma pessoa que atrai o nervosismo prévio a um encontro com alguém por quem está apaixonado.

Recriação artística dos neurônios. Uma rede que existe no cérebro, mas também no estômago.

Essas e outras sensações na região do aparelho digestivo, que aparentemente têm algum vínculo com os sentimentos, podem ter uma explicação científica segundo o médico Michael Gershon, pesquisador da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e autor do livro The Second Brain (O segundo Cérebro)

O segundo cérebro de Gershon está na região do corpo chamada sistema nervoso entérico, formado por uma sério de camadas de células nervosas localizadas nas paredes do tubo intestinal e que contém cerca de 100 milhões de neurônios. Neste sistema estão presentes todos os tipos de neurotransmissores – substâncias químicas que transmitem os impulsos nervosos entre os neurônios e nervos – que existem no encéfalo craniano, como a serotonina, cuja maior concentração se encontra justamente na região intestinal.

Esse pequeno cérebro estomacal tem uma conexão direta com o cérebro de verdade, e determina, o estado mental da pessoa. Também desempenha um papel-chave em certas doenças que afetam outras partes do organismo, como a maioria dos transtornos de intestino, desde a síndrome do intestino irritado até as doenças relacionadas com a inflamação intestinal e a prisão de ventre na terceira idade.

 De acordo com Gershon, “o sistema nervoso entérico fala ao cérebro e este órgão responde. O intestino pode afetar o estado de ânimo, e a estimulação do nervo principal, chamado vago, que conecta o cérebro com o intestino, pode ajudar a aliviar a depressão e a tratar a epilepsia”.

Do intestino aos neurônios: bactérias do estômago se comunicam com o cérebro. O estômago não é a única parte do aparelho digestivo que matem um vínculo com o cérebro . De acordo com outro estudo, de cientistas canadenses, a flora intestinal também se relaciona com a conduta e a memória.

 Sensações como a angústia partem do estômago para o cérebro em uma conexão entre os neurônios das regiões.

Segundo a pesquisa, comandada pelo médico Stephen Collins, professor da Faculdade de Ciências da Saúde na Universidade de McMaster, em Ontário, as bactérias que formam a flora intestinal são capazes de se comunicar com o cérebro, além de poderem ter um papel importante no combate de algumas doenças de estômago. Segundo Collins explicou à publicação especializada Diário Médico, a evidência obtida até agora “reforça a teoria de que as bactérias se comunicam com o cérebro e têm um efeito em algumas de suas funções”.

Em um de seus experimentos, o grupo de trabalho de Collins comparou o comportamento de um grupo de ratos de laboratório exênicos – ou seja, livres de agentes patógenos ou causadores de infecções – com um grupo de ratos de controle, encontrando diferenças significativas no nível de ansiedade e na memória de ambas as cobaias.

O grupo de ratos axênicos, criados todos fora de contato bacteriano e desprovidos de germes, tinha muito menos lembranças e ansiedade em relação aos animais não axênicos. Depois de constatado isso, os pesquisadores transplantaram material da flora intestinal dos ratos de controle para os axênicos, e descobriram que a presença de bactérias afetava a conduta destes animais.

Em outro estudo, foi feito um transplante cruzado de bactérias intestinais entre um grupo de ratos muito tranquilo e outro de roedores agressivos, ficando atestados que os animais calmos se tornaram violentos e vice-versa, e comprovando-se que estas mudanças de conduta se relacionam com mudanças na químicas cerebral.

Collins e sua equipe acreditam que “as mudanças nas bactérias poderiam explicar, em grande medida, os problemas físicos e de conduta sofridos pelas pessoas afetadas pela síndrome do intestino irritado, uma doença inflamatória intestinal”. Entre 60% e 80% das pessoas que sofrem dessa desordem gastrointestinal sofrem de estresse, ansiedade e depressão também. Até a alguns anos se pensava, inclusive, que em muitos casos o problema poderia se tratar como uma doença psicossomática.

 O Cérebro Entérico possui uma correlação entre “estado de espírito” e alimentação/estilo de vida. Há um século, Ellen White escreveu: “As coisas que perturbam a digestão têm influência entorpecente sobre os sentimentos mais delicados do coração” (Conselhos aos Pais, professores e estudantes, p. 298); “Alimentos cárneos, manteiga, queijo, ricas massas, alimentos temperados e condimentos são usados livremente, por adultos e jovens. Esses artigos fazem sua obra em perturbar o estômago, estimulando os nervos e enfraquecendo o intelecto” (Conselho sobre o regime alimentar, p. 236); “O chá, o café, os condimentos, os doces as pastelarias, todos constituem causas ativas de perturbações da digestão. O alimento cáneo também é prejudicial. Seu efeito, por natureza estimulante, deveria ser argumentado suficiente contra o seu uso, e o estado doentio quase geral entre os animais torna-o duplamente objetável. Tente irritar os nervos e despertar as paixões, fazendo assim com que a balança das faculdades penda para o lado das propensões baixas” (Educação, p.203).

As situações da vida acabam não digeridas e por isso bloqueamos. Esse “cérebro primitivo” vai analisar a situação e vai digerir o problema. Não falamos de estômago, falamos de inteligência. Fisicamente há o estômago, mas aqui existe uma inteligência que define o que vai ser comido e transformado. Colocamos a nossa energia nesse ponto para que ocorra a reorganização do problema emocional. Problema é uma coisa que não está digerida.

O objetivo do cérebro superior é encontrar uma maneira de resolver as necessidades do dia a dia. O cérebro entérico mantém o homem em contato com toda a energia universal.

Onde você sente emoções? Quando você sente uma emoção como: terror, angústia ou amor, ela não é sentida no seu cérebro ou mesmo no seu coração físico, você sente isso no seu plexo solar. Quando ativamos o plexo solar e na sequência o ponto do Hara alcançamos um estado de harmonia e equilíbrio pleno na parte mais profunda de uma pessoa. O plexo solar nos dá acesso aos recursos do Hara, encontramos o centro.

O homem modernos está envolvido em sua própria destruição. porque a maior parte de suas atividades é cerebral: estudo, cálculos, preocupações, e assim por diante. E como o cérebro não é projetado para resistir a tanta tensa e ele acaba sobrecarregando. Você deve aprender a dividir a carga entre os dois centros: o plexo solar, na barriga, e o cérebro na cabeça. Esta é a única maneira de se manter em equilíbrio.

O cérebro é capaz de grandes coisas, porém o plexo solar deve se manter alimentado com energia: A fonte, portanto, é o plexo solar e o cérebro é a tela que se manifesta, exprime e publica o que quer que o plexo deseje. As imagens projetadas na tela do cérebro vêm do plexo. Então, quando você quiser meditar ou realizar qualquer atividade intelectual intensa, não se apresse para se concentrar, comece concentrando-se em seu plexo solar e, em seguida, quando você sentir que atingiu um estado de paz e calor interno, você pode começar a trabalhar sua mente, porque seu cérebro vai ser sustentado e alimentado pelas energias que fluem do seu plexo e não ao contrário.

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